Como seria um mundo sem luz
A nossa civilização não existiria sem a luz do Sol. E sem as tecnologias baseadas na luz, viveríamos num mundo muito diferente do que o que conhecemos: não existiria Internet e, por conseguinte, a possibilidade de enviar através da rede documentos, imagens, vídeos, correios eletrónicos ou utilizar as redes sociais; tampouco poderíamos ver a televisão nem existiriam os projetores de cinema ou os microprojetores que utilizamos para fazer apresentações nas empresas; não saberíamos o que é um GPS, um leitor de DVD, um painel solar ou o LED; os avanços médicos de que desfrutamos hoje em dia, como os microscópios, as câmaras endoscópicas ou a cirurgia ocular com laser, seriam apenas um sonho; a atividade nos núcleos urbanos se reduziria praticamente às horas de sol, com tudo o que isto significa; a indústria de gás e de petróleo teria sérias limitações… a lista é verdadeiramente longa, e isso que ainda não mencionamos os últimos avanços nas tecnologias baseadas na luz!
Cartaz criado pelos estudantes da © Offenburg University
Por que se está a dedicar um ano à luz
Com o objetivo de aumentar nosso conhecimento sobre os descobrimentos baseados na luz, difundir a sua importância no mundo atual em âmbitos tão diversos como o social, o da saúde, da economia, das telecomunicações ou do meio ambiente, e continuar a promover a pesquisa nestas áreas para melhorar nossa qualidade de vida e contribuir ao desenvolvimento sustentável, em 20 de dezembro de 2013, na 68ª Assembleia Anual da Organização das Nações Unidas (ONU), proclamou-se 2015 como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas nela (ver página oficial).
Universidades, sociedades científicas, instituições e empresas públicas e privadas organizaram eventos, campanhas e atividades para comunicar à sociedade civil, à classe política e às grandes corporações as múltiplas aplicações das ciências fotónicas (as tecnologias que convertem luz em eletricidade) e óticas, assim como seu papel na resolução de problemas. Vejamos alguns exemplos, à parte dos já mencionados.
Carlos Lee, diretor geral do Consórcio Europeu de Indústrias Fotónicas (EPIC) explica neste vídeo as aplicações da fotónica.
Aplicações da fotónica e da ótica
As tecnologias fotónicas e óticas estão a ser utilizadas na indústria automobilística para cortar o metal, realizar operações de soldadura e marcado e integrar sensores e câmaras de visão noturna para capacitar a visão no escuro; também tornam possíveis as impressoras 3D, os hologramas e lasers que cortam tecidos, como os dos airbags; são fundamentais na deteção do cancro e na análise de células e bactérias, estão a ser utilizadas para tratar a dor crónica e evitar a dependência, para curar o cancro de pele, eliminar a icterícia em recém-nascidos e reparar neurónios danificados de forma não invasiva; na exploração do espaço (telescópios) e no setor da segurança, deteção de falsificações (pinturas e documentos) e para a conservação do património cultural, e estão a possibilitar a agricultura de precisão (ver vídeo). A Inmesol, por exemplo, utiliza a fotónica para fabricar diferentes modelos de torres de iluminação de última geração que utilizam lâmpadas led para reduzir o consumo elétrico (ver As torres de iluminação ecológicas e transportáveis de Inmesol e Torres de iluminação autónomas).
Torres de iluminação Inmesol em duas localizações diferentes.
A enumeração anterior não é absoluta, pelo que lhes convidamos a visitar as seguintes webs e continuar a descobrir o que devemos à luz e aos pesquisadores que desenvolvem tecnologias para melhorar nossa qualidade de vida. E por falar de pesquisas, antes de terminar o artigo, queremos promover uma petição que os cientistas e organismos internacionais lançaram unanimemente com motivo deste Ano Internacional da Luz: a fotónica e a ótica precisam de jovens pesquisadores, novas gerações que se formem para substituir os cientistas atuais.
http://www.light2015.org/Home.html
International Centre for Theoretical Physics
http://www.luz2015.es/documen/Laser%20%20Poster-spanish-lr.pdf?v=vEdcFQHLPco
