Este mês de agosto a Google anunciou a construção de um sistema de cabos submarinos de alta velocidade que ligará a Costa Oeste dos Estados Unidos ao Japão através do Oceano Pacífico. Para levar a cabo o projeto, que foi denominado de Faster (“Mais rápido” em inglês), a companhia juntou-se a cinco grandes empresas asiáticas de telecomunicações: China Mobile International, China Telecom Global, Global Transit, KDDI e SingTel. O investimento é aproximadamente de 300 milhões de dólares.
Com esta infraestrutura de rede, a Google quer garantir aos consumidores dos seus produtos a rapidez e fiabilidade necessárias, “o que, por vezes, exige escolher o caminho mais rápido, através de um oceano”, declarou Urs Hölzle, vice-presidente de Infraestruturas Técnicas, no seu perfil do Google+. O FASTER será construído com 6 pares de fibra ótica e terá a mais alta capacidade de transferência de dados de todos os cabos construídos até agora na rota transpacífica: 60 terabytes por segundo; ou seja, será dez milhões de vezes mais rápido que o modem por cabo.
Há dois meses publicámos neste blog dois artigos sobre os mapas-mundo das telecomunicações atuais: no primeiro falámos de algumas aplicações e ferramentas que nos permitem visualizar o que se está a passar na Internet (evolução do número de utilizadores, o nosso comportamento na rede, o tráfico nas páginas mais visitadas, etc.); no segundo centrámo-nos precisamente nas redes de cabos submarinas, já que a maior parte das comunicações internacionais são transmitidas através das mesmas. Debaixo dos mares e oceanos existem cerca de 200 cabos de fibra ótica pelos quais passam os dados da Internet (em 2013, 51 mil milhões de gigabytes por mês).

Rota do cabo submarino Sea-Me-We 4, construído em 2005 pela Alcatel- Lucent e Fujitsu (imagem: J.P. Lon via Wikimedia Commons).
A construção do Faster vai começar de imediato e prevê-se que termine em finais de 2016. O sistema irá fazer a ligação entre os hubs de Los Angeles, San Francisco, Portland e Seattle com as cidades de Chikura e Shima, no Japão. A NEC Corporation será o fornecedor do sistema.
Mais informação (em inglês).